Trabalhadores lutam<br>nos locais de trabalho
Mais de meia centena de trabalhadores dos bingos Olímpia e Brasília, no Porto, concentraram-se, segunda-feira, frente ao Casino da Póvoa em defesa dos postos de trabalho, colocados em causa pela interrupção da laboração das duas salas de jogo.
De acordo com o dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Hotelaria e Turismo do Norte, Francisco Figueiredo, o protesto só vai terminar quando obtiverem da tutela resposta positiva às suas reivindicações. Nesse sentido, anunciaram o início de uma vigília por tempo indeterminado à porta da Secretaria de Estado do Turismo, em Lisboa.
Em declarações à Lusa, Francisco Figueiredo explicou que os espaços concessionados à Varzim Sol, do grupo Estoril Sol, mas cuja exploração está cedida à Sociedade Nortenha de Bingos, foram encerrados no dia 31 de Dezembro, mas os trabalhadores não foram informados de que não voltariam a abrir. Acresce que a licença de funcionamento das duas salas foi prolongada.
Na passada semana, o Sindicato reuniu com a Inspecção-Geral de Jogos, tendo sido informado que se for aberto concurso público para os referidos bingos, o futuro dos trabalhadores não está assegurado, pelo que os funcionários apelam a que se faça um ajuste directo das salas, para as quais não faltam interessados.
«Os trabalhadores não vão desistir» e lamentam que o Governo «permita este tipo de situação», concluiu Francisco Figueiredo.
Já no café «A Brasileira», no Chiado, 32 trabalhadores voltaram segunda-feira à greve. A terceira paralisação no espaço de ano e meio tem como objectivo resolver problemas que se arrastam há mais de um ano, nomeadamente o incumprimento do contrato colectivo de trabalho, a repressão da gerência contra os trabalhadores inscritos no sindicato, e a recusa desta em reunir com os legítimos representantes laborais.
Como exemplo da perseguição do patrão aos trabalhadores, o presidente do Sindicato da Hotelaria e Turismo, Rodolfo Caseiro, notou a alteração diária dos horários aos sindicalizados.